
Segundo especialistas, as técnicas aprendidas tanto em cursos específicos de defesa pessoal como em academias de artes marciais ajudam as alunas a não se tornarem vítimas em potencial em caso de agressões como assaltos e até mesmo em tentativas de estupro.
O major Jorge Ferreira de Oliveira Filho, instrutor de segurança privada e pública, proprietário de uma academia de formação de vigilantes com sede em Natal, diz que não só as mulheres, mas todas as pessoas que passam por um curso de defesa pessoal são preparadas para não ser pegas de surpresa em algumas situações.
"Um dos fatores utilizados por criminosos na hora da abordagem de sua vítima é o fator surpresa, já que quando somos pegos de surpresa temos 95% de chance de perdemos no caso de tentarmos reagir. Por isso a primeira orientação é não reagir se não tiver certeza que levará vantagem sobre o agressor. E o curso serve justamente para isso, para ajudar as pessoas a ficarem mais atentas, evitando situações de vulnerabilidade" enfatiza.
O instrutor diz que apesar de reduzida em relação ao número de homens, a procura feminina por cursos de defesa pessoal tem crescido muito.
Antônio Carlos de Assis Segundo, instrutor de defesa pessoal de um curso de formação de vigilantes aqui em Mossoró, afirma que apesar do curso ser voltado para pessoas que irão trabalhar como segurança pública e privada, algumas pessoas se matriculam apenas na disciplina de defesa pessoal. No entanto, o instrutor disse que por ser ministrada em apenas 20 horas-aula, a disciplina passa técnicas básicas de defesa pessoal.
Entre as dicas principais passadas pelo instrutor estão cuidados básicos como não andar em lugares desertos sozinha, principalmente à noite, não ostentar objetos de valor, como joias, relógios, celulares, não contar dinheiro no meio da rua, ao sair de banco, por exemplo, prestar atenção ao movimento da rua ao chegar em casa, entre outras atitudes que podem garantir uma maior segurança tanto para o indivíduo como para sua família.
O instrutor indica para as mulheres que procuram por técnicas de defesa pessoal, se matricularem em turmas de artes marciais, já que com treinamento de quatro anos, por exemplo, a vítima conseguirá se sair bem em diversas situações.
Jiu-jÍtsu e boxE estão entre as preferidas nas academiasDário Duarte é professor de jiu-jítsu e boxe em academias de Mossoró e confirma que nos últimos anos tem aumentado consideravelmente o número de mulheres em turmas dessas modalidades, principalmente devido ao aumento do número de casos de violência aqui na cidade.
O professor, que também trabalha como "Personal Fighter", dando aulas na casa do aluno ou aluna que não tem tempo para frequentar a academia, diz que hoje dá aula a 18 mulheres, nas duas academias onde trabalha.
"São dez mulheres em uma academia e oito em outra. E o mais interessante é que as alunas preferem entrar em turmas mistas para intensificar os treinamentos, não se incomodando com a presença de homens", comenta.
Assim como os demais instrutores, Dário afirma que a regra básica é não reagir, no entanto em alguns casos, ao estudar os movimentos do agressor, se perceber uma oportunidade de reagir, as técnicas de defesa pessoal servirão para ajudar a vítima a se defender em uma investida mais ousada de um homem em uma festa, ou mesmo se desvencilhar em uma situação extrema, como é o caso do estupro.
Matriculadas nas aulas de jiu-jítsu e boxe do professor Dário desde fevereiro, as alunas Lívia Helena (29) e Viviane Medeiros (21) dizem que realmente começaram as aulas com dois objetivos. Primeiro para adquirirem uma melhor condição para se defender, segundo porque a carga puxada dos treinos facilita o emagrecimento.
"Depois que começamos a treinar percebemos muitas melhorias não só para o nosso corpo, mas também para a mente, já que os treinos fazem a gente liberar o estresse acumulado durante todo o dia. Eu, por exemplo, que sou enfermeira e trabalho no centro cirúrgico de um hospital aqui da cidade, chego aqui muito tensa e saio outra pessoa, mais tranquila, concentrada", explica Lívia.
"São dez mulheres em uma academia e oito em outra. E o mais interessante é que as alunas preferem entrar em turmas mistas para intensificar os treinamentos, não se incomodando com a presença de homens", comenta.
Assim como os demais instrutores, Dário afirma que a regra básica é não reagir, no entanto em alguns casos, ao estudar os movimentos do agressor, se perceber uma oportunidade de reagir, as técnicas de defesa pessoal servirão para ajudar a vítima a se defender em uma investida mais ousada de um homem em uma festa, ou mesmo se desvencilhar em uma situação extrema, como é o caso do estupro.
Matriculadas nas aulas de jiu-jítsu e boxe do professor Dário desde fevereiro, as alunas Lívia Helena (29) e Viviane Medeiros (21) dizem que realmente começaram as aulas com dois objetivos. Primeiro para adquirirem uma melhor condição para se defender, segundo porque a carga puxada dos treinos facilita o emagrecimento.
"Depois que começamos a treinar percebemos muitas melhorias não só para o nosso corpo, mas também para a mente, já que os treinos fazem a gente liberar o estresse acumulado durante todo o dia. Eu, por exemplo, que sou enfermeira e trabalho no centro cirúrgico de um hospital aqui da cidade, chego aqui muito tensa e saio outra pessoa, mais tranquila, concentrada", explica Lívia.
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