domingo, 14 de agosto de 2011

RJ:Disque-Denúncia recebe 64 ligações sobre morte de juíza


Patrícia Acioli foi executada com 21 tiros em Niterói. Magistrados querem força-tarefa na investigação


O Disque-Denúncia do Rio de Janeiro recebeu 64 denúncias desde que a juíza Patrícia Acioli foi assassinada até a tarde deste domingo. Todas as informações estão sendo encaminhadas para Delegacia de Homicídios da Capital, responsável pela investigação do caso.


As investigações sobre o assassinato da juíza executada com 21 tiros na porta de sua casa, em Niterói, na noite da última quinta-feira (11), convergem para um crime encomendado por integrantes de grupos de extermínio e de milicianos que atuam em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Titular da 4ª Vara Criminal do município, a magistrada, de 47 anos, ganhou notoriedade pelas condenações rigorosas.
No sábado (13), o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), desembargador Nelson Calandra, deixou escapar que a polícia  estaria trabalhando com a possibilidade de serem 12 os envolvidos no assassinato.
A chefe de Polícia Civil do Rio, Martha Rocha, que acompanha pessoalmente o caso, afirma que o sigilo é essencial na apuração. "Este é um momento de trabalho, de silêncio, de análise de todas as informações para tratá-las com coerência e cuidado. O silêncio neste momento é importante", resumiu no sábado.
Força-tarefa
A AMB pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a criação de uma força-tarefa para esclarecer o assassinato da juíza Patrícia Acioli. No ofício enviado ao ministro pelo desembargador Calandra, os magistrados pedem uma ação enérgica e rápida para investigar o crime. “Quando um juiz sofre um ataque é também um atentado ao Estado, à democracia e à sociedade brasileira”, disse o presidente da associação. “Não descansaremos enquanto não forem presos os responsáveis por essa atrocidade e apurada a autoria. Queremos uma resposta rápida, enérgica e exemplar”, destacou.
Cerca de 20 homens da Divisão de Homicídios (DH) trabalharam a partir da madrugada de sexta-feira (12) em diligências em Niterói e no município vizinho de São Gonçalo, onde a juíza atuava. Até a tarde de sábado, 18 depoimentos de parentes e vizinhos da vítima haviam sido tomados. Inclusive do vigia da guarita de acesso à rua da juíza. A testemunha, que não foi identificada, confirmou ter visto dois homens numa moto, que interceptaram o carro da magistrada.

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